domingo, 13 de janeiro de 2019

É Parságada que se chama?


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Há dias em que sou antipática. Não aquela que não cumprimenta ou não sorri para os outros, mas que não curte os posts, que se incomoda com o sorriso alheio estampado nas redes . Que não quer saber quem viajou para praia, para as montanhas. Quem está tomando banho de mar ou de cachoeira. Pior: quem está aproveitando a neve neste calor infernal.

Queria estar em tantos lugares, entretanto lugar nenhum é o que mais me atrai. Lá, se está calor, eu o refresco na medida certa; se frio coloco lareira e vinho, escuro; lua cheia. Triste; sol a pino.

Meu melhor lugar não pode ser postado. Revelo-o aos poucos a quem quero e quando me permitem. Tenho poucas pessoas que já foram comigo até ele e pouquíssimas que me ajudaram a construí-lo. Acredito que o melhor dele são elas. O que poderíamos ser, sem a experiência de conviver?

Ah… os sentimentos consequentes da convivência. Para mim, regem tudo. Sou assim. Em tudo preciso de paixão. Sem ela me perco, desoriento-me. A paixão é o meu segredo mais profundo. Conduz-me sempre ainda que contida e disfarçada. Por isso o meu lugar. Nele, ela anda despudoradamente nua ou vestida com cores berrantes como deve ser. Poucos sabem, poucos a conhecem.

Hoje estou assim: antipática. Quero a solidão de estar com poucos, mas imprescindíveis. Quero o conforto de escolher o que me faz feliz e ser. Quero respirar. Rir alto, bem alto. Se tiver que chorar, por que não? Indubitavelmente, preciso da segurança do meu lugar. Pôr as coisas em ordem.



Quem sabe, depois, eu não publique uma foto no instagran?