A igreja do bairro oferecia cursos em sua obra social.
Podia-se aprender tricô, crochê, pintura, a fazer bonecas de pano e culinária.
Minha mãe frequentava alguns. Adorava quando era a aula de culinária.
Apesar de muito criança – devia ter seis, sete anos – fui
matriculada no curso de bordado. Era a maneira encontrada por minha mãe para
ocupar minhas tardes.
Recebi um pequeno retalho de tela, agulha e linha. Não havia
sentido naquilo pra mim. Descobri que estava aprendendo ponto de cruz. Não deu certo.
Depois veio o tricô. As meninas do bairro teciam sapatinhos.
Eu não!
O crochê só aumentou o desastre.
Mais uma vez, eu descombinava: era uma menina sem aptidão para
trabalho manuais.
Naquele tempo gostava de tecer histórias. Não as escrevia.
Mas o mundo da lua era meu lugar preferido.
Já estou aqui esperando IV rs. Adoro essas descombinações!
ResponderExcluirbeijogrande
Engraçado como estas descombinações se proliferam.
ResponderExcluirBem sabemos porque elas acontecem, e suas mãos estava sendo preparadas para outra arte a mais linda delas.
Carinhoso abraço amiga de longas datas.
Bom saber voce por aqui soltando suas poesias e sentimentos.