Ouço Álibi com Djavan e sinto falta de você. Sinto falta das gargalhadas debochadas e da
batucada na carteira da escola durante o recreio.
Recreio! Era o nome perfeito. Nós recreávamos.
Divertíamo-nos a valer, mesmo que a dor fosse grande, mesmo que o nó apertasse
na garganta. Tínhamos o álibi perfeito: a juventude transbordando pelos poros e
o resto da vida pra resolver nossos problemas. E as canções ecoavam pelos
corredores do colégio, enrouqueciam nossas gargantas, mexiam ritmadamente com
nossos corpos. Porque além de cantar, dançávamos! E como era bom!
Senti saudades de você, meu amigo. Do Paulo implicante,
sarcástico, polêmico, instigante, crítico. Do Paulo que me ajudava com a
Matemática, do Paulo que de meu amigo tornou-se amigo de toda a família. Virou
filho dos meus pais e irmão da gente.
Lembro-me da sua provocação no primeiro dia de aula. Da
boina à Che Guevara, da bolsa a tiracolo do chinas pau, da melissa furadinha.
A canção é curta. A memória, entretanto, viaja por anos
enquanto a ouço.
Nada melhor do que a canção para me fazer ter vontade de
novamente tomar um café com você e rir despudoradamente.
Sorte que sua gargalhada é uma música que ouço ao vivo.
Foram tantas as canções que trilharam as nossas vidas. Adorei Val. Você é a irmã que mora no meu coração.
ResponderExcluirBeijogrande
Foram tantas as canções que trilharam as nossas vidas. Adorei Val. Você é a irmã que mora no meu coração.
ResponderExcluirBeijogrande
Uma linda canção que muito me embalou lá no passado.
ResponderExcluirDjavan o segui deste os primeiros passos nos anos 70.
Uma linda amizade é mesmo para se declarar e conservar.
Parabens.
Abraços amiga.